sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ponto de vista. Muito perigoso, pouco perigoso.

Eu nunca ha via parado para analisar estatísticas de riscos de procedimentos em gestações.  Sempre, o único risco que me chamou a atenção foi o de ruptura uterina.  Depois de um tempo, nem esse mais, pois são estudos ruins que se tem por aí.  Mas a coisa é que no meu caso, parto normal depois de 3 cesáreas, os risco de uma ruptura variam conforme o estudo: de 0,5% até 1,5%.  Aí que eu simplesmente resolvi deixar essas porcentagem prá lá e nem pensar nisso mais.
Porém vira e mexe aparece alguém com as perguntas "Qual o risco?", "Estatisticamente, quais as chances de uma ruptura?".  Eu sempre tento mostrar que são estudos "viciados", que são estudos feitos em partos normais com todas as intervenções possíveis e imagináveis e que não adianta olhar por esse lado, pois a vida não é matemática!

Ontem na lista Parto Nosso me deparo com um email que mostra claramente que tudo depende do ponto de vista.  tudo depende de quem o estudo quer atingir e para quem essas porcentagens irão ser mostradas.  É voltada para uma mãe que quer parir?  É voltada para uma mãezinha preocupada?  É voltada para o doutor?

Esse email foi escrito pela Raquel Olmedo Rodrigues.  A observação é dela.  Os grifos são meus.  A reflexão é para gente!  Vamos pensar antes de qualquer coisa!

" escrevi no outro email sobre porque não fazer US de rotina, contei a história da minha irmã que teve que fazer uma amniocentese e acabou com bolsa rota às 25 semanas, minha sobrinha que nasceu prematura e teve complicações.
Agora fiquei curiosa pra ver o que falam da amniocentese na internet. A maioria dos sites que achei dizem mais ou menos assim:
"A amniocentese tem um risco muito baixo, de 0,5% a 1% de ter bolsa rota, infecção ou perder o bebê." (Ressalva: como no caso da minha irmã, nem todos os casos devem ser reportados como sendo causados pela amniocentese, então imagino que seja mais)
Agora, quando a gente quer saber sobre VBAC e rotura uterina, acha o que?
"O risco de uma ruptura uterina em um parto normal após a cesária é altíssimo, em torno de 0,6%."

E aí? Por que é que pra fazer um exame (muitas vezes desnecessário ou, pelo menos, realizado prematuramente), 0,5% a 1% de chance de perder o bebê está "ok", o risco é baixo? Sendo que são realizados cedo na gestação e, se houver uma infecção, bolsa rota nessa época é muito difícil de manter a gestação.
E por que na hora de uma mãe que passou por cesária escolher ter um PN (que tem muitos benefícios pra o bebê em relação a uma cesária agendada), 0,6% é um risco altíssimo? Sendo que, mesmo em casos de rotura uterina, na grande maioria dos casos se salva mãe e bebê, e a mortalidade é super baixa. O bebê já está grande o suficiente para viver fora do útero e a mãe, em boa parte das vezes consegue preservar o útero. É claro que não desejo uma rotura uterina para ninguém, que seu manejo é difícil, que precisa ter um profissional experiente e agir rápido para que dê tudo certo. Não estou questionando isso, nem dizendo que "rotura uterina tudo bem, que mal tem?", não é essa minha intenção.

A minha intenção aqui é trazer esse assunto pra pensarmos: por que a mesma "taxa de risco" é considerada baixa na amniocentese (onde, quando há problemas, é mais difícil salvar) e altíssima no VBAC (onde mesmo na rotura uterina pode-se salvar mãe e bebê)?

Quem interpreta os dados dessa maneira? A quem eles servem? Por que amniocentese, que traz lucro às clínicas, tudo bem fazer, enquanto VBAC, que, como qualquer PN é demorado, trabalhoso, toma horas do médico, da equipe, do leito do hospital, é "arriscadíssimo" segundo a maioria dos médicos?
Amniocentese e VBAC são só alguns exemplos. Em muitos outros casos os riscos são interpretados para o bem ou para o mal. É por isso que eu digo, exames, TP e sua duração, dilatação e qualquer outra coisa podem ser manipulados para servir aos interesses de quem os interpreta. Temos que confiar mais em nós e no nosso corpo, pensar mais antes de entregar a responsabilidade absoluta da nossa vida e de nossos filhos na mão de um médico (ou qualquer outra pessoa). Temos que ter muto cuidado com os profissionais que escolhemos pra nos acompanhar."

Parabéns pela excelente reflexão, Raquel!  Eu realmente nunca tinha parado para pensar nisso, mas achei demais essa colocação!  
Espero que ajude a abrir os olhos de muitas pessoas e que as pessoas passem a confiar mais em si mesmas ao invés de estatísticas e números!  

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Natural, normal, fórceps, cesárea...

Hoje estava pesquisando sobre partos e achei um estudo realizado por estudantes de enfermagem aqui da cidade no ano de 1994 sobre a quantidade de cesarianas nos 4 principais hospitais da cidade.  Lá pelo meio do estudo, em algumas tabelas aparecia a comparação da quantidade de cesárias e de partos.  Mas qual não foi minha surpresa quando vi escrito: partos naturais.  Naturais?  Percebi que nesse estudo, os envolvidos não souberam diferenciar parto natural de parto normal.  E você, sabe a diferença?

Cesárea: nascimento do bebê via cirurgia.  Apesar dos médicos brasileiros insistirem em chamar de parto cesárea, aqui no Brasil é um dos poucos lugares do mundo que cesárea é considerado parto.  Cesárea é cirurgia e ponto final.  Sem participação nenhuma da mãe.  Sem envolvimento ativo e hormonal nenhum da mãe.  A mãe deita após receber anestesia, lhe tampam a visão com um campo cirúrgico e o protagonista da história é o médico que abre a barriga da mãe, retira o bebê, fecha enquanto comenta sobre sua ultima viagem de férias, sobre sua esposa ou sobre o trânsito caótico...  Isso é cesárea.  Uma cirurgia que deveria ser feita somente quando absolutamente necessária.  Infelizmente muitos médicos enganam suas pacientes fazendo com que elas acreditem que precisavam de uma cesárea: cordão enrolado no pescoço, bebê grande de mais, mãe muito nova ou muito velha e mais um monte de mentiras absurdas.


Parto normal: vaginal.  Aqui no Brasil o parto normal é quase uma violência.  Em algumas instituições são quase tão violentos como uma cesárea.  Pernas amarradas, equipe gritando com a parturiente, soro na veia com hormônios que deixam as contrações insuportáveis.  Na hora do nascimento a barriga é empurrada e um corte é feito no períneo (episiotomia).  A maioria dos partos normais são uma violência com direito a mutilação dos órgãos sexuais da mulher.  A falta de preparo das equipes, a falta de respeito pela vida e a falta de conhecimento das gestantes fazem esse tipo de parto um show de horror que deixa marcas não só no corpo, mas na alma da mãe.  Não é atoa que a mulher que passa por um parto assim fica traumatizada e se tem oportunidade escolhe uma cesárea para ter o próximo filho.  Em algumas instituições esse parto normal é um pouco mais respeitoso, mas não livra a mulher de certos procedimentos que são "obrigatórios".  Soro com hormônios, posição única para parir (geralmente aquela posição de exame ginecológico), episiotomia...  O respeito entra através da equipe que não manda a mãe calar a boca e permite a presença de um acompanhante (presença essa permitida por lei em TODOS OS PARTOS E NASCIMENTOS - lei federal que nunca é cumprida).

Fórceps: ainda muito usado em hospitais públicos, principalmente naqueles com residência médica.  Esse fórceps é usado já no fim do período expulsivo (quando o bb está quase saindo).  Residentes o fazem para aprender a manusear e por pura curiosidade mesmo.  É feita uma episiotomia enorme e o fórceps é colocado no canal de parto e encaixado na cabeça do bebê, puxando ele para fora.  Violento, e desnecessário na maioria das vezes.  Já vi casos em que foi aplicada anestesia Raqui para fazer um fórceps.

Natural: parto vaginal onde o ritmo do corpo da mulher é totalmente respeitado.  Não há utilização de soro com hormônios.  Não há anestesia, não há episiotomia.  Existem algumas instituições que atendem parto natural, mas isso não significa que o atendimento é humanizado.  Hospitais com grande movimentação de partos fica difícil um atendimento individualizado e humanização necessita de atenção.  Mas geralmente partos naturais são parto humanizados.  Ocorrem em pouquíssimas instituições públicas,como por exemplo nas casas de parto.  Alguns hospitais públicos oferecem o parto humanizado, mas não é natural.  O parto deixa de ser natural quando há utilização de ocitocina, anestesia ou qualquer intervenção.  Mas ele pode continuar a ser humanizado mesmo com essas intervenções.  A humanização do parto é quando o atendimento é respeitoso.  Todas as intervenções são previamente a informadas e muitas vezes discutidas com a parturiente sobre a necessidade ou não de tal intervenção.  Não há ofensas, não há exigências, não há pressões.  há respeito tanto pela parturiente como pelo bebê que está chegando.  Infelizmente a combinação parto natural+humanizado existe muito pouco na rede pública.  Casas de parto oferecem esse atendimento gratuitamente para gestantes saudáveis, com gestação de baixo risco e sem cesárea prévia.  Mas ainda há um preconceito muito grande por ser SUS.  Quem paga convênio custa a acreditar que não terá nada além de uma cesárea de emergência agendada para a semana seguinte.  E geralmente quem paga convênio se recusa a passar por um atendimento no SUS.  Infelizmente.  Para ter um parto natural humanizado com convênio médico é impossível.  Parto natural é imprevisível em relação ao tempo e o médico do convênio não vai ficar disponível por 24 horas junto com a paciente para ganhar 300,00 pelo atendimento.  Aí ele vê que vai demorar, sugere a colocação de um sorinho e estão desencadeadas as intervenções que vão levar à um sofrimento fetal, pois tudo está indo rápido demais para o bebê, fora do ritmo dele.  Resultado: cesárea.

Acho que consegui explicar a diferença entre normal e natural, não é?  Infelizmente o parto normal não é nada normal, pois é cheio de intervenções.  Por isso eu digo sempre que se é o primeiro bebê, procure o melhor que você puder.  Esse melhor, você não vai encontrar pelo convênio médico.  Se a grana está curta, casas de parto são lindas e muito acolhedoras.  Nada de preconceitos...  Tem gente que gasta 2 mil reais em um carrinho de bebê, 5 mil em um quartinho lindo e se deixa ser mutilada, cortada, aberta e deixa de participar do melhor e mais grandioso momento da sua vida.  Hora de repensar seus valores.  Afinal, qual serão os valores que você vai ensinar  para seus filhos?  O que é mais valioso: bens materiais ou momentos únicos da vida?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Quem é o culpado? Se é que tem...




Esses dias atrás em uma das listas de discussão sobre parto natural que participo li uma mensagem que dizia mais ou menos assim:
Mãe tinha informação sobre os benefícios do PN, mas acreditava no GO que dizia que tentaria o PN, mas dava fortes indícios de que empurraria uma cesárea no fim das contas.  E claro que acabou dizendo que a mãe era muito velha para parir, pois tinha 35 anos e o útero dela não tinha força para um trabalho de parto.  No fim, a pessoa que escreveu essa mensagem (que estava muito chateada por causa dessa amiga) se questiona se ignorância tem cura!
Confesso que dei risada quando li, pois dá mesmo uma raiva quando a gente informa a pessoa, mostra os benefícios, abre os olhos dela, mostra que o médico vai enganá-la e no fim ela acredita em um absurdo desses!
Minha resposta para ela foi que o "errado" nessa história era o médico mentiroso.  Depois que enviei a mensagem eu fiquei pensando, pensando e juro que ainda não cheguei a nenhuma conclusão.
Temos por aí espalhados nas clínicas, consultórios e hospitais de todo o Brasil, milhares de médicos pilantras dotados do poder do jaleco branco.  Que poder é esse?  É o poder que ele acredita ter (e o tem muitas vezes) de fazer as pessoas acreditarem no que ele quer que acreditem.  Por ele ter estudado, por ele usar branco e por ele estar em uma posição de vantagem, ele acredita que pode manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência e a seu favor sempre!  Se todos os profissionais do Brasil acreditassem ter tal poder e o usassem para o bem, o mundo seria melhor...  Afinal, um professor estudou tanto quanto um médico estudou.  Sim!!!  Um professor estudou e estuda diariamente quando passa e repassa a matéria para seus alunos.  Um advogado estudou e estuda seus casos sempre que precisa.  Um engenheiro civil tem tanto poder sobre uma construção quanto um médico cardiologista tem sobre o coração de um paciente.  A grande diferença é que a maioria dos engenheiros não usam o seu conhecimento em plantas de residência a seu próprio favor somente!  Se eu pedir uma casa com dois dormitórios e simples, o engenheiro tende a fazer essa casa e não dizer que uma casa com 4 dormitórios seria mais apropriada para mim, pois com dois quartos a casa vai cair em cima da minha cabeça por faltas de paredes que a sustentem.  Já um médico usa o tal poder dele exatamente da pior forma possível.
-Doutor, eu quero um parto normal!
-Mas na sua idade não dá!  Seu útero é velho pra um parto normal.
(engraçado que o útero é velho para parir, mas não para engravidar...)
Acho que essa tendência a esse mal do jaleco branco acontece por que o médico tem nas mãos a ilusão da vida do paciente.  Acho que me expressei mal:  eu quis dizer que o paciente tem a ilusão de que o médico tem sua vida nas mãos.  O paciente se entrega completamente para aquela pessoa sentada do outro lado da mesa usando um jaleco branco.  É como se ele passasse a não saber de mais nada e só o doutor sabe agora!  Eu chego ao médico dizendo que minha cabeça dói.  O doutor diz que é por que eu tenho enxaqueca.  Eu acredito, afinal o doutor disse isso.  Mas o doutor não sabe que no meu trabalho eu uso meu cabelo preso em um coque apertado o dia inteiro e que na realidade minha dor de cabeça pode estar vindo da forma com que eu prendo o cabelo.  O doutor não sabe disso pq não chegou nem a fazer perguntas simples sobre mim, mas mesmo assim eu acredito nele mais do que acredito em mim, que me conheço e que no fundo suspeito da origem da minha dor...
O médico sabe desse poder e o usa muito bem.  O usa exatamente como os nossos políticos.  Que diferença tem entre os políticos corruptos que roubam dinheiro da verba pública para educação e o médico que rouba o parto da sua paciente inventando um problema que não existe?  Alguém por favor pode me dizer qual a diferença entre eles?  Ambos são mentirosos e abusam do seu poder e do seu cargo.
Mas agora eu vou mudar um pouco de lado.  Deixemos os médicos pilantras pra lá e vamos falar dos pacientes.  Muitos pacientes (a grande maioria) sofre do mal do jaleco branco tbm!  Mas os sinais e sintomas são diferentes!  A pessoa que sofre desse mal acredita que qualquer um que use branco poderá salvar-lhe a vida!  E quando digo qualquer um, quero dizer qualquer um mesmo!  Uma amiga minha que usava branco em um metrô em SP foi abordada por um senhor que tinha alguma coisa no olho e queria saber se ela poderia dizer se ele ia ficar cego ou não!  Ela disse que apesar de usar branco não era mãe de santo nem vidente e ele olhou espantado pela resposta dela e disse que achava que ela fosse médica!  Sim!  Isso aconteceu!
Então acontece que as pessoas acham que um médico estudou mais do que ele, não importa o que ele estudou na vida!  Um médico entende de finanças, doenças, problemas de família, morte, política, remédios, futebol, distensões musculares, copa do mundo, inflamações, moda, gestação, decoração, micoses, novela, raio-x e por aí vai.  Um médico entende de tudo sempre!  E com essa cabeça o paciente chega no consultório do doutor.  No momento que ele passa pela porta da recepção seu corpo, suas dores, emoções e doenças não lhe pertencem mais.  Passam a ser tudo do doutor.  Afinal o doutor estudou para entender de tudo.  O pobre médico que está do outro lado da mesa, que já sofre do mal do jaleco branco e acha que sabe tudo, se depara com um paciente que tbm sofre da mesma doença e acha que e o doutor sabe tudo.  Pronto!  Formou-se a confusão.  O paciente deixa sua vida na mão do doutor, que por sua vez não a recusa.  A usa da forma que lhe convém!  O paciente deixa no consultório, entre aquelas 4 paredes, uma mesa e uma maca, seus medos, suas inseguranças, suas dores e doenças.  O doutor por sua vez, recolhe somente o que ele quer, afinal o paciente confia nele e tendo a confiança, ele pode fazer o que quiser!  O paciente tira de si toda a responsabilidade da sua mãos e a joga nas mãos do doutor.  Ele entrega a sua vida nas mãos de uma outra pessoa!  E eu me pergunto: será que aquele jovem estudante do curso pré vestibular que sonha em fazer medicina pensa que um dia ele será responsável por decidir a vida de uma pessoa?  Ou será que ele somente sonha em ter conhecimento para curar e trazer vidas?  Ou será ainda que ele somente imagina que poderá fazer o bem sem olhar a quem?  O que será que passa na cabeça do jovem vestibulando?  
Agora colocando o paciente e o médico juntos, em um mesmo nível, sem pré conceitos, vamos analisar:
-Médico que usa seus poder da forma que bem quiser, mesmo que tenha que mentir para isso.
-Paciente que larga sua vida e seu corpo nas mãos de outra pessoa e tira de si toda a responsabilidade que tem sobre si mesmo.
Quem está errado?  Quem é o culpado por cesáreas enganosas?  O médico enganador ou o paciente que se deixa enganar?
Acho que nunca vou chegar a uma conclusão.
Mas minha opinião é que as pessoas deveriam parar de deixar suas vidas nas mãos dos outros.  Eu não confio cegamente as minhas unhas das mãos à minha manicure.  Eu olho atentamente cada movimento do alicate e do pincel e ainda reclamo quando ela dá um beliscãozinho ou pinta mal ou esquece de tirar a pontinha.  Pq deixaria a minha vida na mão de uma pessoa que eu vejo algumas vezes por ano e mal lembra quem eu sou, não conhece minha família nem meus hábitos?  As pessoas deveriam questionar mais seus médicos.  Não ter medo de pedir uma segunda, terceira ou quantas opiniões forem preciso.  A frase: "o doutor disse" deve ser abolida da nossa vida!  Não é "vou fazer cesárea pq o doutor disse que meu útero é velho".  Deveria ser assim: "vou fazer cesárea, pois pesquisei, consultei várias opiniões e cheguei a conclusão de que meu útero é velho" (tá, isso não existe, viu?!).  Percebem a diferença?  A primeira pessoa simplesmente deixou a vida dela e o corpo dela para alguém decidir o que é melhor para ela.  A segunda pessoa pesquisou, se informou e chegou a essa conclusão SOZINHA, pois ela é dona do corpo dela.
E minha segunda opinião sobre esse dilema é que os médicos deveriam ter mais respeito pelas vidas que lhes são confiadas e serem menos corruptos como nossos políticos.

Ainda em tempo: existem muitos médico no Brasil que não sofrem do mal do jaleco branco.  Esses, respeitam o paciente e não tomam para si a vida dos outros, mas junto com ele mostra que quem manda e quem escolhe o que é melhor é o próprio paciente.